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Desempenho no Mineirão mantém otimismo do Brasil para o jogo de volta

Autor do gol, João Marcus elogia a performance na derrota para o Atlético; assim como ele, imprensa também vê confronto aberto

Foto: Cristiane Mattos - Especial - DP - Aos 11 minutos da etapa final, camisa 3 abriu o placar em cabeçada após escanteio

A derrota pela diferença mínima diante do Atlético, no Mineirão, fará os próximos 12 dias serem de otimismo entre os xavantes até a partida de volta, no Bento Freitas, pela terceira fase da Copa do Brasil. Os discursos do técnico Rogério Zimmermann e do zagueiro João Marcus após a partida desta quarta-feira (12) fortalecem a crença em avançar às oitavas de final.

A plataforma de estatísticas SofaScore registrou 24 finalizações do Galo contra oito do Rubro-Negro. De todas as tentativas dos mandantes, porém, apenas duas foram consideradas “grandes chances” - uma delas o pênalti convertido por Hulk. Lance que, aliás, RZ questionou na entrevista após o jogo.

“[…] Nem todo puxão é pênalti. Mas é interpretação, e quando dá interpretação... O puxão não é suficiente pra derrubar, até porque ele [Hyoran] já tinha chutado a bola. Mas... tá bem, tranquilo. Aí é interpretação, e aí vamos sempre sofrer. Obviamente não foi suficiente pra derrubar, né... mas a gente tem que aceitar”, disse o treinador.

Outros números da partida traduzem a competitividade da performance do Brasil. O Xavante somou, por exemplo, 27 desarmes (contra 16 do adversário), dez interceptações (contra cinco), 34 cortes (contra oito) e 58 disputas de bola vencidas (contra 54). O Atlético levou a melhor em duelos aéreos, 20 a 15, e teve posse de bola bem superior, 75% a 25%. Foram 12 escanteios, enquanto o Brasil teve só um – neste caso, porém, João Marcus aproveitou para abrir o placar.

A avaliação do autor do gol

Pilar defensivo do Rubro-Negro, João Marcus foi titular em todos os jogos de 2023. Curiosamente, precisou ser substituído pela primeira vez na quarta-feira quando, aos 29 minutos do segundo tempo, com problema ainda não informado. O autor do gol do Brasil no Mineirão falou sobre o desempenho do time e projetou o duelo em casa.

“Conseguimos fazer uma boa partida, apesar da derrota. Mas acredito que foi um bom resultado para o jogo da volta. Agora será nos nossos domínios, contaremos com a nossa torcida, o apoio do nosso torcedor na Baixada pra gente lotar aquele estádio lindo e, com fé em Deus, correr atrás para conseguir a classificação”, comentou o defensor.

RZ: “Foi dentro do esperado”

O comandante do Brasil elogiou a dedicação dos atletas. Citou a distância entre os orçamentos ao estimar que a folha salarial do Atlético está na casa dos R$ 20 milhões mensais, enquanto a do Xavante é de pouco mais de R$ 200 mil. Além disso, Zimmermann lembrou do período de um mês sem compromissos oficiais de sua equipe.

“O jogo foi mais ou menos dentro do esperado. […] A gente sempre quer mais, ok, mas o jogo está aberto. Vamos jogar no Bento Freitas, com o apoio do nosso torcedor, dependemos da gente. Evidentemente o Atlético tem mais chances, é favorito, toda aquela coisa. Mas a gente não pode nunca duvidar da força do Bento Freitas, da força do torcedor”, avaliou.

Súmula

O documento oficial de Atlético 2 x 1 Brasil, divulgado no site da CBF, aponta que na verdade a árbitra Edina Alves Batista deu três cartões amarelos durante o jogo. Dois para o Rubro-Negro: Chicão, no lance do pênalti, e Rogério Zimmermann, por “desaprovar com palavras ou gestos as decisões da arbitragem”, conforme a súmula.

Pelo lado do Galo, o advertido foi o lateral Saravia, por reclamação.

Opiniões da imprensa

Bruno Marsilli
Repórter da RBS TV

“O Brasil de Rogério Zimmermann é um time muito competitivo. Tanto, que é capaz de realizar um jogo de superação como o que vimos na quarta-feira: contra uma equipe de investimento inúmeras vezes superior. E isso só é possível pela enorme capacidade de gestão de grupo. Por trás do modelo de jogo, da organização defensiva e da intensidade, há a compra do ideal. O Rogério vende sua ideia através do trabalho e cativa os seus atletas. Se há modelo e há compreensão, há competitividade. O jogo em Belo Horizonte foi prova disso. Tudo será definido no dia 26 no Bento Freitas. Está em aberto”.

João Antonio Ferreira
Repórter da Rádio Universidade

“Mais uma vez, com garra e com raça, o Brasil de Zimmermann surpreende aqueles que desacreditam na mística combinação entre o técnico e o clube. O Xavante foi até o Mineirão enfrentar o Atlético e jogou futebol. Soube se defender, saiu para o jogo, construiu oportunidades no campo de ataque e criou dificuldades para um adversário muito superior em qualidade individual e investimento. O Brasil volta com derrota, mas cheio de esperança. Um placar magro num Bento Freitas, que certamente estará fervendo, leva a disputa para as penalidades. Está liberado sonhar!”.

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